31 maio 2009

e agora, pessoal?

Fomos muitos, sim, Ana-professora ! :-)

Muitos mais do que, se calhar, todos ousámos esperar. Definitivamente, muitíssimos mais do que alguns desejariam.



E agora, pessoal?

E agora, Plataforma sindical, Fenprof, SP-GL/N/RC/S ? É mais que tempo (espero que percebam..) de decidirem - JÁ - uma forma de LUTA que o seja de facto. Uma forma de luta que nos mereça, a todos (e fomos tantos!) quantos ontem estivemos lá, reclamando que se resgate Abril e o seu espírito.

Porque é disso mesmo que se trata, não nos iludamos. Estamos a regressar em força aos tempos do fascismo, e sobretudo, precisamente, nas nossas escolas. Indigna-me e deixa-me perplexa, assusta-me, a pouca relevância que se tem dado à instalação do novo modelo de gestão. (O que é que havia de errado com o anterior, a propósito? Por que obscuras razões não foi isto debatido e rebatido, convicta, decisivamente? Por que deixámos - professores, sindicatos, que tão paulatinamente se instalasse? Por que não se multiplicou a clarividência - evidente - de St. Onofre?)

Sei de práticas (já) ao mais puro estilo salazarista. Ontem ouvi contar de uma directora que não permite que os professores circulem em grupos de mais de 2 !!! - e não queria acreditar. Como podemos aceitar? Como podemos não afrontá-los, expurgar o veneno, exterminar este impensável regresso a um tempo que não poderia ser, nunca mais?

Tão tolhidos estamos, tão estupidamente anestesiados, que percebemos a faca e corremos a espetar-nos nela? Não, não, e não! Não, pelo menos, os 50, 70, 80 mil que ontem fomos!

O director-ditador é o legado mais tenebroso deste ME, deste governo fascizante. É dele que vai depender o cumprimento do ECD e desta avaliação absurda (e é bom lembrar que em Setembro voltamos ao complex..). O nosso futuro, em todas as suas dimensões, vai depender da qualidade das suas arbitrariedades, das suas inclinações partidárias, das simpatias ou antipatias que lhe suscitemos. E depois não há volta a dar-lhe. Outras eleições, só daqui a demasiado tempo.

É bom e é urgente que acordemos todos. Que os sindicatos assumam convictamente o papel que deveria ser o seu, de vanguarda dos professores e das suas razões.

Não nos travem de novo!

Somos, pelo menos, cinquenta mil!


2 fotos do João Francisco: o melhor cartaz e o Teo-mobile (o carro com o som MAIS..)

2 comentários:

Anónimo disse...

Subscrevo, pavra por palavra... mas é verdade... e agora?

João Francisco

ap valverde disse...

50 mil... + 50 mil pais e mães + 50 mil filhos e filhas + 50 mil cônjuges e afins + 50 mil apoiantes + 50 mil oprimidos + 50 mil deprimidos + 50 mil retidos + 50 mil qualquer coisa... somos muitos, muito mais que os 50 mil desistentes, cegos, bajuladores, não-te-rales e outras sub-espécies humanas de verga-espinhas, de lambe-botas, enfim... de idiotas que continuam a eleger esta gente, seus semelhantes!