10 maio 2011

SC e o ensino passado a limpo, PPC e programa para a educação

ecos e leituras...

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Escola
Autoridade dos professores regressa à escola

O regresso da disciplina às escolas e professores com autoridade e liberdade sobre como ensinar são algumas das propostas de Santana Castilho para um programa de governo do PSD, condensadas num livro prefaciado pelo líder social-democrata.

Pedro Passos Coelho assume que as propostas do professor do ensino superior e articulista em "O Ensino Passado a Limpo" são "orientações e soluções suscetíveis de serem incorporadas num programa de açao governativa".
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Santana Castilho não tem dúvidas de que os últimos seis anos de governação socialista foram "os mais negros, os mais manipuladores e os mais mistificadores da democracia portuguesa" com dois responsáveis principais: a ex-ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues e o primeiro-ministro José Sócrates, como afirmou em declarações à agência Lusa.
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"Cada vez que se mexia e se instituía uma política, o que se tornava claro era a intenção de maipular, de aldrabar", acusou, referindo os resultados do programa internacional de avaliação PISA.
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As suas propostas foram um "serviço cívico" solicitado pelo líder do PSD, sem qualquer perspetiva de cargo político num eventual governo social-democrata.
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Entre os pressupostos essenciais defendidos por Santana Castilho para inverter o que considera terem sido seis anos "ruinosos" está o do regresso da "hierarquia" à escola: "é absolutamente necessário devolver aos professores a soberania suficiente para lecionarem de forma célere e expedita".
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A "cultura igualitária" nas escolas trouxe "galopante falta de autoridade" aos professores, sendo que "nenhuma aula será produtiva se o aluno tiver tanta autoridade como o professor", defende.
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"Estamos a diplomar ignorantes, a gastar milhões sem resultados", disse Santana Castilho, que se insurge contra a "promoção estatística do sucesso", não só ao nível do ensino básico e secundário como a iniciativas como as Novas Oportunidades, que defende deverem ser auditadas.
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"Disciplina, rigor e trabalho" devem orientar o estatuto dos alunos, defende Santana Castilho, a par de uma revitalização do desporto escolar e a promoção de centros de juventude com atividades extracurriculares.

Santana Castilho defende que a criação dos programas e currículos deve estar a cargo de um departamento dentro do Ministério da Educação, com programas que deixem de tratar os professores "como se fossem idiotas" , dizendo-lhes como devem ensinar.
Muitas das propostas de Santana Castilho são de simplificação e desburocratização: "definitiva e total autonomia das escolas", a extinção das direções regionais de educação, a redução da legislação vigente "ao essencial" e a abolição "criteriosa" de "processos administrativos aplicados à gestão da educação".

Quanto à avaliação de professores, é "fundamental" acabar com a "nulidade" e o "desastre" do modelo socialista, defende, que ocupa "40 por cento do tempo ativo" dos docentes.
Um modelo de avaliação com "a colaboração estreita dos professores", a "substituição da lógica da imposição pela lógica da aceitação", plurianual e diferenciado para "contextos científicos e pedagógicos diferentes".

Texto escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico

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dois posts de Ramiro Marques, do Profblog:
  • sobre o programa eleitoral do PSD para a Educação: «Já li o livro de Santana Castilho "O Ensino Passado a Limpo" e posso assegurar que não dedica uma linha à criação da carreira de diretor.» - aqui
  • entrevista a Santana Castilho (8/5/2011), a propósito do lançamento do seu novo livro, O ENSINO PASSADO A LIMPO (12 de Maio, 5ª feira, 18h30m) - aqui
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do blogue de Octávio Gonçalves:
  • "O programa de Educação do PSD arruína o pouco que resta da autoridade dos professores"  - aqui
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