amanhã estou em greve.
quando me 'batem', não preciso de ser 'motivada' a reagir,
só que dêem cobertura legal à minha raiva, à minha insatisfação.
quando me 'batem', não preciso de ser 'motivada' a reagir,
só que dêem cobertura legal à minha raiva, à minha insatisfação.
não sei o que sobre esta luta dizem os 'gurus', nem me interessa.
eu sou aquilo que sinto.
posso até ser a única a protestar, não me abala a convicção nem me aplaca a revolta. não diminui a minha razão. e não preciso de companhia para a indignação, orgulho-me de manter essa capacidade. "um só que fosse.." (*)
só as ausências se classificam, e já não me afecta este 'ser português': "um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo (..) ". (**)
Na Grécia, em Espanha, funcionários tão lesados / ameaçados como nós aderem protestam agem manifestam-se - aos milhares. Por cá .. calam, aguentam, arranjam desculpas mil para a inércia, gostam-se 'nêsperas'. (***)
Não importa.
"Há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz não!"
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(*) de Miguel Torga, "Quantos seremos?"
(**) de Guerra Junqueiro, aqui
(***) de Mário Henrique Leiria, "Rifão quotidiano"
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(*) de Miguel Torga, "Quantos seremos?"
(**) de Guerra Junqueiro, aqui
(***) de Mário Henrique Leiria, "Rifão quotidiano"
6 comentários:
Há muito tempo, admirei os cristãos que íam a cantar para o circo romano e para os leões...
Hoje, acho estúpido!
Sinto, e tb sinto,apesar de racionalizar,que somos obrigados a esperar pelo "máximo de consciência possível" da maioria silenciosa...
Agitaremos, claro, enquanto, espero que sempre, que essa consciência aumente...
Cria angústia? Cria!
Mas,antes vale alguém politizado à séria, que um mártir de qq holocausto...
Força!
Nós somos pessoas e cidadãos.
Não somos números...
Infelizmente a professora é das poucas pessoas que ainda insiste em lutar por causas em que deposita a sua esperança.
Gostei da palavra "nêspera", soube do poema e, obviamente, do seu significado esta segunda-feira, no dia da filosofia da minha escola. :]
Lamentavelmente quem um dia escreveu:
"Há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz não!", não resistiu e rapidamente aprendeu a dizer sim fazendo da contradição e da ausência de projecto político próprio o seu lema.
O pior que há, em termos de grosseria, em termos de incorrecção - seja ela de que tipo for - é a daquele que cospe na sopa que come.
Justiça porém seja feita:
O próprio, já há muito, reconheceu que de alegre (não merece o A maiúsculo)se fez triste.
Afinal, diria eu, "um nêspera!"
obrigada, Diogo.., anónimos, Cavaleiro Errante
- dito (tão bem!!) pelo Mário Viegas, o poema da 'nêspera', "rifão quotidiano", de Mário Henrique Leiria, tem link aí do lado direito deste blogue;
- no mesmo sítio, a explicação da escolha do nome "o vento q passa", q já só associo ao Adriano Correia de Oliveira..
- de quem 'alegre se fez triste' fica um legado precioso: os poemas vivem, perduram, independentemente e apesar da pessoa em q se tornou o seu autor.
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qq. coisa assim como os princípios políticos, religiosos.. - em teoria mantêm-se perfeitos , ainda q a prática os tenha completamente desvirtuado..
http://arrastao.org/sem-categoria/razoes-de-uma-greve/
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