As autoridades iranianas recuaram na sentença de morte por apedrejamento de Sakineh Mohammadi Ashtiani, de 43 anos, e condenada por adultério, cedendo à maciça pressão internacional dos últimos dias. Mas 12 outras mulheres iranianas e três homens permanecem nas prisões do país a aguardar execução por aquele mesmo meio.
Em comunicado, a embaixada iraniana em Londres anunciou que "de acordo com informação prestada pelas autoridades judiciais competentes", o apedrejamento foi cancelado. O regime de Teerão sublinha que "este tipo de punição só muito raramente foi aplicado no Irão", e condena a forma "duvidosa" como os media estrangeiros têm feito cobertura do assunto.
Não ficou claro se a justiça iraniana comuta a sentença de morte pronunciada a Ashtiani em Setembro de 2006; apenas é certo que ela já não morrerá enterrada até ao pescoço e apedrejada por voluntários, como dita a rígida interpretação da lei islâmica no país. Num caso similar anterior, a condenada acabou executada por enforcamento.
A execução no Irão por apedrejamento especifica que devem ser usadas pedras suficientemente grandes para causarem dor ao condenado, mas não o suficiente para o matarem de imediato. As mulheres são enterradas até ao pescoço, os homens apenas até à cintura - e perdoados os que conseguem libertar-se pelos seus próprios meios.
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