23 fevereiro 2010

Zeca por ele próprio

os eunucos
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Não me arrependo de nada do que fiz. Mais: eu sou aquilo que fiz. Embora com reservas acreditava o suficiente no que estava a fazer, e isso é o que fica. 
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venham mais cinco
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De resto nunca confundi as coisas, sempre disse o que hoje continuo a dizer: uma viola é uma viola, uma canção é uma canção, e não se pode confundir isso com armas e granadas. Nenhum instrumento musical faz tiro curvo.
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homenagem ao pintor José Dias Coelho, assassinado pela PIDE
a morte saiu à rua 
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O meu envolvimento nas coisas foi sempre de carácter existencial, a partir da observação directa de situações que me revoltaram..
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Traz outro amigo também

Admito que a revolução seja uma utopia, mas no meu dia a dia procuro comportar-me como se ela fosse tangível. Continuo a pensar que devemos lutar onde existe opressão, seja a que nível for.

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vejam bem
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(..) no povo português há uma tendência para a subserviência, para se curvar perante a autoridade, para o compadrio, os favores, para o deixar andar. Mas tudo isso existe ao lado de uma certa truculência e dignidade.
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cantar alentejano

O problema é que os direitos formais têm cada vez menos conteúdo prático. As liberdades formais não servem para nada se não tiverem consequências no dia a dia das pessoas. (..)  no fundo a liberdade é antes de mais nada a liberdade de se viver melhor.
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último concerto
os vampiros
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Zeca, autobiografia

4 comentários:

L disse...

bommm.. :) depois de almoço já tenho musica para ouvir

quanto às palavras. é o zeca.

que dizer de um ateu que até ao seu ultimo dia continuou a defender um ideal que sabia nunca ir ser seu

Uma vez encontrei-o no circulo cultural de Setúbal e não me lembro como, nem porquê, acabei no mesmo carro que ele. E de ele me oferecer um chocolate que estava a comer. Ele era isto, um talento enorme, numa pessoa duma simplicidade inexplicável.

Eu que não sou mais do eu, tenho mais vaidade do que ele. E é ver por todo o lado a mediocridade arrogante, a mostrar-se cheia de um enorme nada.

L disse...

Estou agora a ouvir, e que esforço tenho que fazer para me conter. *****, primeiro era para conter os olhos, agora é para conter as mãos, para conter o corpo.

como dizia o outro Que força é essa,
que te põe de bem com outros
e de mal contigo


merda merda merda merda merda merda merda merda merda merda merda merda merda merda merda merda merda merda merda merda merda merda merda merda

e desculpa a conspurcação do teu blogue :)

L disse...

e a voz? como se não bastasse tudo o resto: que voz!

AL disse...

a voz, a garra, a doçura, e aquela força toda que lhe pedimos de empréstimo, ainda hoje ..

e merda merda merda, mil vezes merda sim, Luís, como te entendo! ..
bjinho