lá fora o vento assobia numa fúria, infiltra-se pelas frinchas num ímpeto ocupante, abana portas como pretendendo deitá-las abaixo. penso em como são mal construídas as nossas casas. e que está uma noite boa para lareiras e aconchegos. bebo um descafeinado intenso, fumo sgs. desvio o olhar da desarrumação em volta. penso em quê? penso em tudo o que não vou fazer, nas férias que passam num ápice, nas coisas, nas pessoas que preencheram este ano que acaba. uma tristeza desce e eu ando incapaz de pegar num livro. auto-analisei-me sobre essa incapacidade, acho que a percebo: recuso-me um dos grandes prazeres que tenho, e acho que sei porquê..
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