... o problema é a banca e os banqueiros! (usurários, les llamavam..)
1.
Antigo governador da Reserva Federal norte-americana:
Grécia pode colocar economia dos EUA numa nova recessão, alerta Alan Greenspan
17.06.2011 - 15:17 Por Inês Sequeira
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É “quase certo” que a Grécia não irá cumprir as condições para o pagamento da dívida, o que pode arrastar os EUA para uma nova crise, defende o antigo governador da Reserva Federal.
“O problema que temos é que é extremamente improvável que o sistema político irá funcionar” de forma a resolver a crise na Grécia, considera o antigo responsável da Fed, actualmente com 85 anos, numa entrevista citada pela Bloomberg.
Os juros da dívida pública grega dispararam hoje acima dos 30 por cento, pela primeira vez na história do país, com o nervosismo a crescer nos mercados face às dificuldades do primeiro-ministro George Papandreou em conseguir apoios para um novo plano de austeridade.
O descontentamento social tomou esta semana conta das ruas de Atenas, onde mais de 20.000 pessoas se manifestaram na última quarta-feira e houve confrontos com a polícia frente ao parlamento.
O novo plano de medidas, que teria de ser aprovado até ao final deste mês, corre neste momento o risco de não ter o número necessário de deputados para passar no parlamento. No próprio partido do Governo, o Pasok, já houve pelo menos duas demissões de deputados que rejeitam o projecto em cima da mesa.
As probabilidades de que a Grécia entre em incumprimento “são tão altas que quase podemos dizer que não existe saída”, alertou Greenspan, que liderou a Reserva Federal durante quase 20 anos, entre 1987 e 2006. A acontecer, isso pode deixar alguns bancos norte-americanos “contra a parede”.
Para já, a Grécia parece ser o risco mais sério para a economia norte-americana, acrescentou, uma vez que sem esse problema é “muito baixa a hipótese” de uma recessão nos EUA.
No entanto, Greenspan também admite que a dívida dos EUA está a ficar “terrivelmente perigosa” e que será muito improvável que as autoridades norte-americanas tenham ainda um ou dois anos para resolverem a questão.
A recuperação da economia norte-americana tem sido afectada pelas incertezas dos empresários quanto ao futuro a longo prazo, enquanto a taxa de desemprego se mantém acima dos nove por cento, lembra a Bloomberg.
Os novos dados económicos divulgados hoje mostram no entanto que a confiança na economia está a crescer.
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2.
Revisão das previsões de crescimento económico
FMI preocupado com crescimento lento dos EUA e com a dívida pública na zona euro
17.06.2011 - 16:33 Por AFP, PÚBLICO
Em causa está o fraco crescimento económico do país, maior do que esperava a instituição, que está igualmente preocupada com a crise de dívida pública que assola vários países da Europa, incluindo Portugal.
Numa revisão semestral das previsões económicas, financeiras e orçamentais que hoje publicada em São Paulo, o FMI avança com números mais baixos do que as últimas previsões publicadas em Abril (2,8 por cento) e em Janeiro (três por cento).
Em causa está a “fraqueza da actividade [económica] mais importante do que estava previsto” e “em parte devido a factores passageiros, entre os quais a subida de preços das matérias-primas, o mau tempo e as perturbações da cadeia de produção da indústria norte-americana provocadas pelo sismo do Japão”, adianta a instituição.
Os economistas do Fundo apelaram também ao Congresso para elevar “imediatamente” o tecto legal da dívida pública do Estado federal, um assunto que divide actualmente os parlamentares republicanos e democratas.
Já a nível mundial, as previsões de crescimento económico em 2011 mantêm-se muito semelhantes – 4,3 por cento agora contra 4,4 por cento em Abril – mas o FMI admite que a economia “está em vias de abrandar temporariamente”.
Em contrapartida, o optimismo é maior quanto à zona euro, devido à recuperação que se faz sentir na Alemanha e em França: o FMI reviu em alta as previsões para 2011, de 1,6 por cento de crescimento para dois por cento. O país com maior crescimento esperado é a Alemanha (3,2 por cento), que deverá ser o maior do G7 (Grupo dos sete países mais industrializados).
Dívida pública preocupa
No entanto, os problemas crescentes com a dívida pública em vários países da zona euro - como a Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha – são vistos com preocupação pelos economistas do Fundo e como uma ameaça ao sector financeiro.
“Na eventualidade de um acontecimento grave de mercado, um choque poderia reflectir-se para lá da zona euro devido à exposição transfronteiriça [dos bancos à dívida destes países] e ao recuo generalizado do apetite pelo risco”, alertam os responsáveis da instituição.
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