Dois escritores que estiveram no Hay Festival-Segovia (24 a 27 de Setembro 2009) : um banquete em que se serve a boa literatura e a boa música, e que assim acolhe os seus 'comensais':
«Bienvenidos a la IV edición del Hay Festival Segovia, el lugar perfecto para disfrutar cuatro días de conversación, cochinillo* y la mejor música. (..) Vivimos una época interesante. Impera un nuevo orden. Todos revisamos nuestros valores, aferrándonos a lo esencial. Compartamos dos valores que no pasan de moda: amistad y literatura.»
* leitão
(aqui, mais informações sb o festival)
* leitão
(aqui, mais informações sb o festival)
O primeiro chama-se Daniel Pennac, nasceu em Casablanca em 1944, escreve em francês.
É autor do best seller 'Como um Romance', "uma declaração de amor ao acto de ler, além de um excelente guia para pais e professores sobre como aproximar crianças e jovens da leitura" - ver mais seguindo o link; aqui , informações sb D.P. e livros seus q. podem comprar.
É autor do best seller 'Como um Romance', "uma declaração de amor ao acto de ler, além de um excelente guia para pais e professores sobre como aproximar crianças e jovens da leitura" - ver mais seguindo o link; aqui , informações sb D.P. e livros seus q. podem comprar.
Em Segóvia, Pennac falou do seu último livro, Chagrin d'École (em edição da Porto edt. Mágoas da Escola) em que "aborda os problemas da escola e da educação do ponto de vista do .. mau aluno.. "
Aqui fica então, Daniel Pennac, em discurso directo:
- Esses alunos começam por não compreender quanto é dois mais dois e acabam por não entender o que estão lá a fazer. Ficam com vergonha. E a vergonha tem efeitos colaterais.
- Dá-se um autêntico milagre: pela primeira vez na história da nossa civilização, há uma escola universal.
- O que as escolas fazem é fabricar consumidores. Criam consumidores logo a partir dos três meses.
- A escola deveria ensinar as pessoas a ler, escrever, fazer contas e ser intelectualmente felizes
- Há três tipos de respostas: as certas, as erradas e as absurdas. Dentro das absurdas há a humorística. Houve um aluno que respondeu que Mendel (o biólogo) era mais conhecido pela música do seu filho, o Mendelssohn.
O segundo é Michael Ondaatje, poeta, romancista, realizador.
Nasceu no Sri Lanka em 1943.
Mudou-se para o Reino Unido, depois para o Canadá.
É cidadão canadiano.
A sua obra mais conhecida é o romance 'O Paciente Inglês', adaptado ao cinema.
Nasceu no Sri Lanka em 1943.
Mudou-se para o Reino Unido, depois para o Canadá.
É cidadão canadiano.
A sua obra mais conhecida é o romance 'O Paciente Inglês', adaptado ao cinema.
Ondaatje - em entrevista:
- Um romance é mais um debate do que um monólogo
- Os escritores fazem sempre apenas a pesquisa mínima e indispensável. É perigoso investigar demasiado, porque escrever é adivinhar
- Um amigo meu queixou-se: 'nunca ninguém me tinha falado das dificuldades do segundo livro...' A verdade é que os livros vão-se tornando cada vez mais difíceis de escrever
- Benditas traduções. Eu vivo no Canadá e posso ler um livro de José Saramago, porque alguém o traduziu para inglês. É mágico!
4 comentários:
Passa por mim, no meu blogue, que tens lá um desafio.
Obrigada pelas sugestões. Só não conheço a 2ª referência. Ahhhhhh e já comprei o 'tal' livro, mas ainda não o li.
Beijinhos
Bom conselho esse de que a escola devia pelo menos ensinar a ler, escrever e fazer contas.
fiquei com vontade de o ler!!!
Ana,
O primeiro já conhecia.
Boas sugestões!
Bjs e Feliz Natal!
sugestões de leitura, hummmm que bom, doce como o chocolate belga! deixo uma sugestão tb: acabei de ler "A vida em surdina", David Lodge, irónico e delicado, divertido e às vezes patético,bem humorado até nos momentos difíceis - uma pequena lição de vida, uma boa dose de compreensão do mundo, uma mão pelo ombro, um sorriso inteligente, e em surdina reconciliamo-nos com o mundo; e até o poderás ler em inglês, é sempre bonito ler na língua original e cumpres o teu papel académico. bom natal, tchimtchim pra ti, e não te rales, o natal acaba depressa!
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