É muito bonita a frase. De certo modo redutora. Tudo é relativo, até para ela própria... Vamos pensar, na seguinte hipótese. Poderá ter batido com o nariz no chão, ter batido com a cabeça contra a parede, e talvez, de tão forte que furou a parede... Quiçá... Oxalá... Do outro lado amparada será...
Zorze, pela parte que me cabe, esse comentário, aliás, o exemplo que nele dá, arrepia-me! Eu explico: é que, como alguém que já partiu literalmente o nariz e também ao bater com ele no chão,jamais associaria um acontecimento desses quer à palavra alegria quer à felicidade!... Só dor, confusão hospitalar e infelicidade, de facto. Acredite! :-(( Se bem entendo do enquadramento novo que deu à citação-- que na verdade se refere ao contraste entre o que temos de facto e as quimeras-- diz que por detrás de cada " parede" contra a qual se embate há uns braços para nos amparar... Pode ser que sim, até os vai havendo. Mas frequentemente esses só aparecem quando já estamos reerguidos e até, quiçá, com algum tipo de "operação plástica" a disfarçar as mazelas dos "embates" da vida... Não será antes assim?
Compreendo a tua dúvida (eu trato as pessoas por Tu, é uma forma mais humanizada de diálogo, considerando o Você, uma coisa mais do tipo robotizada e formal). Pela maneira como lanças a questão, depreendo que deverás ser uma Mulher muito bonita. Interiormente, pois esse é o lado para o qual mais "ólho".
Começo pelo o inicío, " a frase é muito bonita, mas em si redutora". Porquê? Porque pode ser tudo ao contrário e mesmo assim, não ser assim. Pearl S. Buck com uma formação fortemente bíblica por via de seus Pais, que a condicionaram, além de seguir o ramo da Psicologia, na vertente académica, interpretou o mundo sobre essa matriz, per si, já contraditória, a juntar uma experiência chinesa num contexto completamente diferente do de hoje. A sua primeira filha ter nascido deficiente mental, experiência sempre impactante, moldou-lhe a visão das coisas para um cariz que poderia ser paralelo à realidade, com a convicção certa de que não. Mas, lá está! Quem é quem para julgar? A questão da parede - não é para arrepiar, longe de mim - é metafórica e entrando no lado filosófico do tema. Tudo é passível, de alguma coisa... Em grandes teorias, em grandes frases, em grandes livros, muitas vezes se mascaram lados muito negros, obscuros. Não vou adiantar muito mais, mas com a mesologia da senhora e no contexto em que viveu...
Caro Zorze, não te ofendas (também prefiro o tu). apenas fiquei surpreendida com a coincidência do exemplo(ai!Ui!). E obrigada pelos simpáticos piropos, lol, mas não estava aborrecida, não precisavas de tanta mesura! Não tinha lido a frase por esse prisma. Conhecia algo da biografia da autora, mas não esse lado mais trágico. Mas, sim, as pessoas constroem as suas frases à medida das suas vivências e terá sido um lado mais conformado e conformista que a poderá ter gerado,não nego. No entanto, a grandeza destas citações está tb no que nelas ultrapassa o âmbito particular e se torna universal. E acho que esta frase, de facto, é das consegue ultrapassar esse limite, apesar de poder ter sido moldada pela "forma" da tristeza. Mas, por acaso, até sei de casos de pessoas com filhos deficientes e que chegam por vezes a obter mais alegrias desses do que dos filhos ditos "normais"... Para terminar este longo comentário, devo confessar que a frase foi tb parte de uma experiência de postagem e tb pesou o facto de eu ter por nome Alegria e... ser pequenita como tantas portuguesas, LOL! Um certo duplo sentido, já então, mas por brincadeira! Uma frase, portanto com grande "sustância" ! ahah Apreciei essa sabedoria enciclopédica e a nova luz sobre a citação!Valeu! Bjos Margarida
4 comentários:
É muito bonita a frase.
De certo modo redutora.
Tudo é relativo, até para ela própria...
Vamos pensar, na seguinte hipótese.
Poderá ter batido com o nariz no chão, ter batido com a cabeça contra a parede, e talvez, de tão forte que furou a parede...
Quiçá...
Oxalá... Do outro lado amparada será...
Beijos,
Zorze
Zorze,
pela parte que me cabe, esse comentário, aliás, o exemplo que nele dá, arrepia-me!
Eu explico: é que, como alguém que já partiu literalmente o nariz e também ao bater com ele no chão,jamais associaria um acontecimento desses quer à palavra alegria quer à felicidade!... Só dor, confusão hospitalar e infelicidade, de facto. Acredite! :-((
Se bem entendo do enquadramento novo que deu à citação-- que na verdade se refere ao contraste entre o que temos de facto e as quimeras-- diz que por detrás de cada " parede" contra a qual se embate há uns braços para nos amparar...
Pode ser que sim, até os vai havendo. Mas frequentemente esses só aparecem quando já estamos reerguidos e até, quiçá, com algum tipo de "operação plástica" a disfarçar as mazelas dos "embates" da vida...
Não será antes assim?
Margarida,
Compreendo a tua dúvida (eu trato as pessoas por Tu, é uma forma mais humanizada de diálogo, considerando o Você, uma coisa mais do tipo robotizada e formal).
Pela maneira como lanças a questão, depreendo que deverás ser uma Mulher muito bonita. Interiormente, pois esse é o lado para o qual mais "ólho".
Começo pelo o inicío, " a frase é muito bonita, mas em si redutora".
Porquê? Porque pode ser tudo ao contrário e mesmo assim, não ser assim.
Pearl S. Buck com uma formação fortemente bíblica por via de seus Pais, que a condicionaram, além de seguir o ramo da Psicologia, na vertente académica, interpretou o mundo sobre essa matriz, per si, já contraditória, a juntar uma experiência chinesa num contexto completamente diferente do de hoje. A sua primeira filha ter nascido deficiente mental, experiência sempre impactante, moldou-lhe a visão das coisas para um cariz que poderia ser paralelo à realidade, com a convicção certa de que não.
Mas, lá está! Quem é quem para julgar?
A questão da parede - não é para arrepiar, longe de mim - é metafórica e entrando no lado filosófico do tema.
Tudo é passível, de alguma coisa...
Em grandes teorias, em grandes frases, em grandes livros, muitas vezes se mascaram lados muito negros, obscuros. Não vou adiantar muito mais, mas com a mesologia da senhora e no contexto em que viveu...
Beijos,
Zorze
Caro Zorze,
não te ofendas (também prefiro o tu). apenas fiquei surpreendida com a coincidência do exemplo(ai!Ui!).
E obrigada pelos simpáticos piropos, lol, mas não estava aborrecida, não precisavas de tanta mesura!
Não tinha lido a frase por esse prisma. Conhecia algo da biografia da autora, mas não esse lado mais trágico. Mas, sim, as pessoas constroem as suas frases à medida das suas vivências e terá sido um lado mais conformado e conformista que a poderá ter gerado,não nego.
No entanto, a grandeza destas citações está tb no que nelas ultrapassa o âmbito particular e se torna universal. E acho que esta frase, de facto, é das consegue ultrapassar esse limite, apesar de poder ter sido moldada pela "forma" da tristeza. Mas, por acaso, até sei de casos de pessoas com filhos deficientes e que chegam por vezes a obter mais alegrias desses do que dos filhos ditos "normais"...
Para terminar este longo comentário, devo confessar que a frase foi tb parte de uma experiência de postagem e tb pesou o facto de eu ter por nome Alegria e... ser pequenita como tantas portuguesas, LOL! Um certo duplo sentido, já então, mas por brincadeira! Uma frase, portanto com grande "sustância" ! ahah
Apreciei essa sabedoria enciclopédica e a nova luz sobre a citação!Valeu!
Bjos
Margarida
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