Foi um filme que vi há muuuuito tempo, pouco depois do 25 de Abril de 74. Eram tempos loucos de puro fascínio. A sociedade portuguesa abria-se ao que de mais ousado se criava por essa Europa fora e houve ciclos de Bergman e Woody Allen, houve livros surrealistas (ó André Breton! ..) e filmes (A sweet movie-quem viu?) e delirantes tertúlias depois. Tudo, absolutamente tudo, eu bebi com a sede imensa, insaciada e insaciável, a curiosidade voraz de quem entra na vida pela primeira vez.
Fernando Arrabal * (então exilado em Paris) foi um marco. Inesquecíveis os filmes 'Viva la muerte' e este, 'Irei como um cavalo louco'.
* Nascido no Marrocos espanhol 1932, Arrabal é um dos mais prolíficos artistas do seu tempo. Criador versátil e inquieto, inicia nos anos 60 um movimento que se distingue de outras tendências artísticas como o Surrealismo, o Teatro do Absurdo, o Dadaísmo: O Teatro Pânico. Este movimento apresenta características em comum com os antes mencionados, mas tem como traço fundamental uma irrestrita abertura a qualquer possibilidade da criação artística. fonte
artigo sobre um encontro com F. Arrabal, aqui (recomendado)
artigo sobre um encontro com F. Arrabal, aqui (recomendado)
Em homenagem a essa memória, uma bem-humorada entrevista (4 'episódios') em que se fala de tudo, muito de Picasso, das mulheres em volta .. absolutamente a não perder.
.. excertos do filme «J' Irai Comme un Cheval Fou» -- aqui
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