o vento que passa
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escritos que me doem
28 junho 2009
a poesia de Adélia Prado
Exausto
Eu quero uma licença de dormir,
perdão pra descansar horas a fio,
sem ao menos sonhar
a leve palha de um pequeno sonho.
Quero o que antes da vida
foi o sono profundo das espécies,
a graça de um estado.
Semente.
Muito mais que raízes.
Adélia Prado
in "Bagagem" São Paulo:Ed.Siciliano, 1993
quadro de Monet: nenúfares
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