07 fevereiro 2009

a Ibéria e Pérez-Reverte

Lisboa, 19 Nov (Lusa) - O escritor espanhol Arturo Pérez-Reverte defendeu a existência de uma Ibéria, um país único, sem fronteiras que separem Espanha e Portugal, porque é "um absurdo" que os dois países vivam "tão desconhecidos um do outro". [como já sabem .. verdad? .. anda alguém tratando de inverter esta situação...]

"Há uma Ibéria indiscutível que está entre os Pirinéus e o estreito de Gibraltar, com comida, raça, costumes, história em comum e as fronteiras são completamente artificiais", disse o escritor à agência Lusa, de passagem por Portugal a propósito do lançamento do se último romance, "Um dia de cólera".

Para Pérez-Reverte, o maior erro histórico de Filipe II, no século XVI, foi não ter escolhido Lisboa como capital do império: "Teria sido mais justo haver uma Ibéria, e a história do mundo teria sido diferente".

O escritor disse que essa Ibéria não existe hoje administrativamente, mas "qualquer espanhol que venha a Portugal sente-se em casa e qualquer português que vá a Espanha sente o mesmo".
"Houve dificuldades históricas que nos separaram, mas a Ibéria existe. Náo é um mito de Saramago, nem dos historiadores romanos. É uma realidade incontestável" que precisa de um empurrão social e não político para concretizar o projecto, disse.

Arturo Pérez-Reverte, 57 anos, é um dos escritores mais populares das letras espanholas da actualidade, com obra traduzida em quase trinta idiomas. Antigo repórter de guerra, dedica-se em exclusivo à escrita desde finais dos anos 1980.

postado por ana lima em 19/11/2008

7 comentários:

Anónimo disse...

Concordo com a maior parte do que diz Pérez-Reverte.

Penso que, não a integração de Portugal em Espanha, nem vice-versa, mas uma união mútua, uma Ibéria, era algo quase historicamente é comprovado como sendo uma solução para uma crise.

Discordo com o senhor quando ele diz que se devia ter mudado a capital, durante Filipe II, para Lisboa. Creio que se deveria ter arranjado um consenso, algo comum aos dois, nessa altura, reinos. Olivença, por exemplo :D

Enfim, acho que a criação de uma Ibéria, (país único, não como uma União Ibérica, defendida por alguns.

Isso é algo diferente em que Portugal e Espanha continuariam com sua autónoma soberania e não integrados mutuamente.

Seria uma espécie de OPA, que daria jeito apenas quando desse...) seria benéfico para ambos os países, mas há muitas questões que se poderiam colocar quanto à legitimidade de tal assunto, como a mudança radical de todos os serviços ao nivel administrativo, educacional, económico...; que língua se falaria, se ambas, se algo intermédio, se uma só e nesse caso qual; a questão do país basco; a questão do sistema político que se manteria, se monarquia constitucional se república; e uns quantos mais etecéteras.

Seria uma boa ideia, uma belíssima ideia, se não houvesse tantos problemas que daí viessem.

Portanto, apoio a 100% uma criação de uma Ibéria, mas apenas quando estes problemas se resolverem.

Enquanto isso não acontece, se calhar deixa-se ficar assim, ou avança-se aos poucos.


(Obrigado pela colocação da minha música pedida :))


Quarta-feira, 19 Novembro, 2008

Anónimo disse...

Quando escrevo alguma coisa, sinto sempre que deixo qualquer coisa que queria que lá estivesse mas não está.

Geralmente este pensamento é infundado, ou porque realmente não era nada, ou porque me esqueci do que ia a dizer.

Mas desta vez ficou mesmo por dizer à professora que estou neste momento a elaborar o tal texto que prometi que faria, acerca de um Obama hipotético, nascido noutras paragens (não americanas, nem africanas, que ambos já foram escritos, quer pela História, quer por Mia Couto).
Coisas giras que acontecem :)


Quarta-feira, 19 Novembro, 2008

Anónimo disse...

Boa tarde a todos

Provavelmente dos participantes deste blog apenas a Professora Ana Lima se lembrará de mim, mas não queria deixar de dar os parabéns por este fantástico blog.

Temas actuais e pertinentes, para todos os gostos. Uma iniciativa de valor, sem dúvida.

E a todos os alunos, aproveitem... Vão sentir falta da nossa ESAG.

Beijinhos, em especial para a profesora Ana Lima, e a promessa de voltar a visitar este blog.

Dalila Neves (ex-aluna)
Quinta-feira, 20 Novembro, 2008

Anónimo disse...

Olá Dalila,
Que bom ver-te por aqui!
Bjinho grande para ti, e aparece mais vezes!


Olá Tiago!
Obrigada, por mais uma contribuição preciosa para o interesse deste blogue. E .. estou curiosíssima em ver o texto sb o Obama!
Bjis


Sexta-feira, 21 Novembro, 2008

Anónimo disse...

Tiago, não é uma questão de concordar ou não, é um facto histórico.
A mudança da capital para Lisboa foi, de facto, uma hipótese que esteve em cima da mesa por forma a contrariar o crescente descontentamento dos portugueses.
Infelizmente, isso não veio a ser posto em prática e, poucos anos volvidos, deu-se a restauração.

P.S. - Está a nevar em Bruxelas! :-)


Sábado, 22 Novembro, 2008

Anónimo disse...

Ah, sim sim, anónimo.

Concordo que não é uma questão de opinião, mas sim um facto histórico.

Não me devo ter expressado bem. Apenas não concordo que tivesse sido a melhor ideia escolher uma capital como Lisboa.

Trata-se apenas de discordar com o autor Pérez Reverte quando este diz que foi um erro não se ter posto a capital em Lisboa.

Apenas acho que, caso houvesse uma Ibéria, se deveria escolher uma cidade mais na fronteira, comum aos dois países, daí o meu comentário jocoso acerca de Olivença.

Mas assumo um Mea Culpa, estive a reler o que escrevi e efectivamente não me expressei bem. Cumprimentos!


Sábado, 22 Novembro, 2008

Anónimo disse...

Cumprimentos...
E tenta ouvir a Radar.
:-)


Segunda-feira, 24 Novembro, 2008