Fernando Nobre gera incómodo no PSD (e não só..)
13.04.2011 - 14:39
Por Nuno Sá Lourenço - artigo completo aqui
o que segue são excertos do artigo (a preto e em itálico) - com a ordem um tt arranjada e os comentários que me foram apetecendo:
.Desde domingo - dia em que foi anunciada a sua inclusão nas listas e apresentação como candidato a segunda figura do Estado - que o assunto é polémico entre as hostes. A maioria dos críticos prefere manter, por agora, o anonimato. Ou porque não querem fragilizar o combate eleitoral, ou porque preferem esperar pelo Conselho Nacional de domingo. Mas já há quem tenha questionado a opção:
-os enraivecidos com toda a razão (calculo que lhes fosse osso apetecido o que agora vêem ser abocanhado por outro, ainda por cima um 'outsider'!):
Pacheco Pereira, por exemplo, disse ontem que o retrato que faz de Nobre não mudou: durante a pré-campanha para as presidenciais criticara a "postura" de Fernando Nobre por lhe adivinhar "uma mistura de vaidade e aproveitamento biográfico sem pudor, populismo e ignorância".
(...) também Santana Lopes foi muito crítico em relação à escolha de Nobre. Considerou a escolha inexplicável, salientou a falta de experiência e considerou que ela era mesmo ofensiva para o parlamento. “Nem sei o que lhe diga”, afirmou Santana Lopes por duas vezes à jornalista (pois.. coitado.. agora não sabe o que dizer, quando foi aquele brilhante PM não sabia o que fazer .. será carma?)
Morais Sarmento, ex-ministro de Durão Barroso, também se mostrou reticente: "Estamos a falar do Fernando Nobre que foi mandatário de Francisco Louçã há poucos anos (...) (bom.. ex-ministro de um PM que dá à sola quando as coisas não lhe correm de feição .. e não me parece ter-lhe então ouvido críticas.. E depois, o Louçã mudou muito, oh se mudou!! E o PSD, então, que apoiou com unhas e dentes a candidatura de um PR que agora a bem dizer lhe cospe na cara? Pois é .. de 'encostos' duvidosos o melhor é nem falar!..)
(...)
Outros sociais-democratas, ainda que admitindo como interessante a inclusão de Nobre nas listas, consideram, em privado, um erro a candidatura a presidente da AR. Apontam a falta de experiência. Desconfiam que o médico possua a sensibilidade que o cargo exige. E notam a ausência de currículo parlamentar para ser aceite pelas diferentes bancadas (...) (estes são os ambíguos - e pergunto-me: em que perspectiva e com que particulares interesses é que um privado 'erro' pode, publicamente, ser considerado 'interessante' ? )
Mas há defensores. O antigo ministro Ângelo Correia foi um deles: "Penso que Passos Coelho tomou uma atitude correspondente a um desejo que já era antigo de alargar a base do PSD em termos eleitorais, de modo a conseguir uma ampliação do efeito que decorresse da presença de grupos de independentes." O deputado Matos Correia acha que Nobre merece ser "elogiado" por ter compreendido que "Portugal é uma democracia de partidos". O também deputado Campos Ferreira considera normal a inclusão de Nobre nas listas, por representar a "tendência de abrir o partido àquilo que é a sociedade civil". (...)
*
Será??? Mas o PSD está realmente interessado em incluir independentes? Grupos deles?!
E que dizem disto os encartados 'barões' ??
E as bases de apoio deste partido de mais do mesmo, que até agora não se tem distinguido uma vírgula do socialismo do Sócrates??
E o Passos Coelho .. quer mesmo, mesmo, mudar a face do partido? Ou o + de meio milhão de votos arrecadado pelo F. Nobre nas presidenciais é que não lhe é argumento despiciendo?
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Pois eu cá vou esperar para ver, e até gostava mesmo que esta história me fosse muito bem contada! A saber: iremos nós - mesmo!!?? - ter um partido finalmente-social-democrata? Um assim como os da Noruega e da Dinamarca ? [E por que será que eu não acredito nem um bocadinho nesta hipótese?!]
Pois é, explicações precisam-se.
E que sejam rápidas. E sem ambiguidades, já agora..
a imagem (mto esticada) é de Malevitch
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